Os teus cabelos como freixos,
Enroladinhos, enroladinhos,
Como moldura em forma de canção,
Versos em tom de chocolate...
Em suas espirais de acordes, livres-livres,
De divagações dubilíneas, nuvens coloridas,
A tua pele a razão pelo qual o Sol
Desceu um dia até o mundo
E disse que se apaixonou...
Os teus pensamentos,
Um instante o teu sorriso,
Escondido nesses lábios e gestos,
Nesse teu corpo a transpirar
Silêncios e imagens...
Passeando pelas bordas e seixos
Das palavras distraídas,
Descontraídas,
Desconstruidamente apaixonadas
Por essas entrelinhas subjetivas
Do nexo dos amares
E eis que há mares e mares,
Nunca dantes descritos,
Nunca dantes esculpidos
Para serem navegados
Ao balançar do entardecer,
De uma rede de momentos
Perdidos em eternidades,
Quando esse mesmo Sol toca teus olhos,
E o teu corpo é imensidade,
E a lua ergue estrelas
Ao redor dos teus desejos,
Em perfumes de singelidade,
Com esse teu cheirinho gostoso
De óleo de lavanda,
Essência de míriades
E possibilidades assim,
Adornadas em alfazema;
Feita elisão arrebatadora
Além de fragrâncias elísias,
Quando a tua fala é melodia,
Que embala as minhas vozes
E torna este poema paraíso;
Quando esse teu jeito
É reflexão inexplicável
De poesia em movimento,
De cristais d'água
A espelharem
As paixões eternas
Desses nossos olhos
Que buscam
Liberdade...
2 comentários:
Seus poemas são tão geniais quanto os que leio em alguma pagina de alguma pessoa que já morreu... É tão simples e genial...
=]
acho que poucas vezes li algo tão lindo e que me despertasse tanta comoção.
lindo
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