terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A maçã de alguém

Quando vagueias pela noite,
Os passos te levam a destinos
Dos mais inusitados.
Quando circulas entre outros
São estes os que te miram,
Que te marcam, que te contam
Em histórias de sussurros...

Pois escutas agora,
Sê táctil pra mim
Assim um instante,
Te entrega e depois
Entrega-te e confessa.

Excitas e falas
Do que não lhe basta,
Do que sentes falta
Do que não tens
E te perturba o sono,
As pernas, as coxas,
O corpo todo.

Mas a confissão veio antes,
As palavras, as hesitações,
E eu que as calei
Em segundos diminutos;
E logo depois voltei aos círculos.

Tanto faz, eu sei,
Assim, pra partes de mim.
Mas se és só um dia, fuga e memória,
Isso não significa não serdes poesia.


Um comentário:

Maricho disse...

Nossa Rafa!

Amei suas poesias!! Eu gosto muito de ler blogs com esse tipo de contéudo. Quando tinha um blog antigo meu, era recheado disso, de sentimento.

Faz muito tempo que não leio poesias que traduzam tão bem o sentimento humano.

Vou continuar nessa maravilhosa leitura!! PArabéns pelos posts..

Me indeitifiquei mais com essa poesia.
Então resolvi comentar nela. *o* muito bom.