Lê-se,
como por onde,
como quem vaga
por essa vontade,
insana vontade
de escrever
pela física
dos dedos,
por seu impulso
e movimento.
Sem bem saber
o que lhe bem dizer.
Pois em necessidades pendulares vai o equilibrista, saltando os preâmbulos, os sonhos em pirofagia, a mágica de Loki que perpassa a melancolia incinerante e submerge os palavreares em horas inexatas. Eis que surgem mais fûnambulos, segurando pincéis e vestindo sorrisos, na ponta de cada corda um par de pés ou de asas. Flutuam, no traçado aéreo do invisível, acima do palco principal, e mergulham no ar num instante emudecido. Os pincéis se soltam, os fogos mudam de tom e o pirófago mal tem tempo de assimilar o mundo a explodir em pirotecnia com seu jeito sonhoso de sentir e calar.
Mas afinal, quem não se perde ao contemplar coloridos os malabares da vida?
Nenhum comentário:
Postar um comentário