domingo, 2 de agosto de 2009

Líbero viajante em prece.

Brisa, vento e litania. Areia em grãos de prosa, cujo clamor é o som da tarde, o gosto da tarde, o desejo que não arde nem cala em tua alma. O porquê é injustificado, a sorte é talvez o maior de teus pecados ao não esperar nada do mundo além de humanidades. Convicto estás, por entre o fulcro do esquecimento e das lembranças ousar atravessar, ousar extravasar, ousar extenuar essa aflição que te corroe corpo e pensamento, que te queima e torna chama e te impele a viver em algo, em alguém, em você, em ninguém, em Mim, em Deus, em nós, nós, nós sequelados, nós dilacerados pelas amarras da razão, nós entreabertos por essas chagas que atravessam as ondas da inexatidão e reverberam em fantasmas e inércia; nós que supraexistem em imaginações, nós que silenciam e se fecham quando estou ao teu lado, nós que são mais do que eu poderia sonhar, temer, compreender, nós que somos muito mais do que eu jamais poderia esquecer.

Pois como diz o Frank "Fear is the mind killer; the little death that brings obliteration."