segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Palavras que caem

Morena, morena,
E seu estilo único
De vestir os olhos
Azuis do poeta
Numa só conversa,
Num único instante,
Nessas suas falas,
Falésias, fatídicas;

Nesses seus sorrisos
E devaneios lúdicos,
Que brincam com sonhos
E tempos e marés,
Que saltam do topo
Dos montes de areia
Daqueles relógios
De livros egípcios

Para além dos ares
Das linhas e olhares
Do mundo e de amares,

Por aqueles zênites
Feitos de infinito,
Feitos de você,
Feitos n'outro mundo
Além das verdades...

Atrás de pirâmides,
Por entre saudades,
Num único aceno,
Num gesto de olhares.

As marés que mudam,
Os grãos que movem,
As questões e o tempo,
O quanto eu te digo...
Meus sonhos, baixinho,
Meus medos e bobagens,
Meus desejos só teus,

Meus segredos, os seus,
meio que guardados
numa caixinha
Do deserto d'Instante
Chamada Sand-glass...

"Os flocos de areia,
em solitude de neve,
em uma ampulheta
de pessoas repleta
das tuas imagens
mais delineadas..."

2 comentários:

Paterson Franco disse...

meu garoto!

p.s.: acho que postamos ao mesmo tempo hahah

Clarissa disse...

Ah... faz tempo que estou meio ausente do blog e sem vontade de escrever.
Mas, puxa vida!, não me canso de dizer o quanto acho lindo tudo o que você escreve.