quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Universo

O ponto é só que o tempo vai passando
E o gosto dos beijos imaginários
Trespassa a necessidade dos reais,
Tornando-se apenas lembrança ocasional,
Um algo-alguém que está lá,
simplesmente flutuando na memória,
Em eterna expectativa,
E ainda sem preocupar tanto...

Pessoas são complicadas,
E eu sou bastante também,
Então ocasionalmente os caminhos se batem
E os olhos se cruzam, e as semanas passam
E tudo às vezes parece uma espécie de sonho,
Ou uma questão de momento...

O único porém é que a gente tem uma tendência
De querer eternizar esses momentos,
Principalmente quando se olha pra um alguém
Que a gente gosta absurdamente,
E daí vem as reflexões,
os pensamentos,
as saudades...
Tudo em antecipação,
Como que vendo esboços da própria
História, antes dela mal começar.

E essas saudades que não deveriam ser,
Nada além de olhares,
Que não deveriam chegar
Ao ponto das palavras,
Que se tornariam pinturas
De idéias em gestação,
Um tanto criativas e
Quase exponenciais...
Cá se tornam só poesia
Boba, que fica aqui
Pensando em ir
Te procurar, te achar
E ficar batendo papo
Até o dia de hoje
transladar o próximo
em outro, e outro, e mais outro....

E então parecer aos nossos olhos universais
que o sol deu de fato uma volta na terra,
sem que os outros planetas percebessem;
quando tudo na verdade se resumia a Gaia,
brincando de roda com Apolo.

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