quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Epiderme da noite

Vermelho de internos espelhos, escarlates cortinas, palco bordô de intensidades citadinas.

Dizem que a cidade é um mundo em labaredas, que estas e aquelas são como cinzas e pessoas. Sempre crepitam em tons fugazes demais para serem alcançados, intensos demais para serem comedidos.

Por vezes o fado dos incompreendidos é esse pôr-do-sol que nos consome, enterrando-se no horizonte de um futuro inexistente em que a nossa alma'inda grita você, e grita agora, e chora o embora...

Por vezes o porquê nos escapa, num quê de nostalgia e cheiro de incenso. Num movimento de intento, vezes lento, vezes seco, vezes inexatidão de lábios e línguas e mãos numa tarde de verão em que o tempo pára, e as lembranças passam assim tão rápido...

E só sobram essas estrelas solitárias nos teus olhos, fitando a cor das memórias; a descortinarem a pele dos teus sonhos, na alvorada dos desejos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Parecia um poema... Mas há coisas que não rimam.

Ah cara, sinto-me tão cansada.
...

Anônimo disse...

Voltei. Mais ainda não consigo escrever como deveria, ainda estou pensando em uma boa situação para contar a todos, e em seguida, mudar o estado fúnebre do meu blog, preciso deixa-lo menos pesado, concorda?

Vou postar alguma poesia que não seja minha... Só pra não deixar o blog tão parado... Mande-me sugestoes de coisas para ler. Preciso ler... ó.ò
Andei descansando (sem opção, por mais que eu quisesse me mover, tive que descansar), não me sinto mais tão exausta, mais ainda me pesa os ombros...
Mesmo assim, agora sinto tão bem...