quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Eu leitor do instante

Que o tempo escorre
Na paisagem,
Que os encontros
Mais se fazem de silêncios.

Contemplar,
A leitura das leituras
Que não se leem,
Os olhos,
Sempre os olhos,
Que enxergam além.

Horizonte,
O sol que se derrama de ti
Assim poente.

As palavras mudas,
As inquietações,
As partituras.

Nossas mãos que tocam o ar,
O verbo que o teu sorriso escreve
No canto dos lábios
Do que a boca
Não diz...

Fica aqui esse instante,
Sê poesia nos meus dedos,
Nos cabelos, nos meus seios.

Rouba essa minha sensatez
Que nunca existiu,
E veste da minha pele
O contorno da tua.

Nenhum comentário: