Vontade, vontade
de ver quem tá lá
do outro lado do mundo.
Fiquei pensando nisso hoje,
enquanto tentava definir
a linha tênue
do que compõem saudades
ou necessidade...
As primeiras,
em ponteiros.
Um relógio e suas voltas
e voltas e sempre elas voltam;
voltam para o mesmo lugar,
como que análogas de continuum
e memórias circundantes.
A segunda,
uma abstração,
um instante com você imóvel
num ponto específico.
E por entre transitoriedades mais que inexatas,
eis que uma eternidade
de repente te sussurra:
"hey, acho que preciso dum outro universo!" -
E você vai guardando, essas palavras
que viram fatos-fotos e idéias
de sonhos e beijos e abraços...
Que quando veem,
já foram despertadas
nas lembranças momentâneas
de outras incógnitas anacrônicas,
a andarem por aí
fazendo Tic-tac
e mascando imaginações;
E talvez, talvez,
algumas delas
guardem as tuas amarras
em fitas vermelhas,
escondendo assim as engrenagens
capazes de reorganizar
essas nossas cronologias feitas de escritos e instantes;
proscritos significantes...
Nenhum comentário:
Postar um comentário