Fumaça, fuligem, a flor das memórias em chamas desbotadas, transe; some, desaparece, entretece presença inesperada. Corre por Atlântida de ponta cabeça, atlante espera - ampulheta a cair em reflexo de estrelas oceânicas, salgando celestes os teus livros ainda-não-lidos.
Silenciosa saudade, nua em partitura a se compor, fragmentada logo ali ao teu lado, a ensaiar palavras em prelúdios, não ditos. Os ecos dessa mesma saudade universal que transborda tua boca em citações, com essas tuas idéias tão lidas, tão suas, tão veementes que engolfam cor e alma em tua face, leitora.
Silente saudade, que em mim se torna melodia e curiosidade. Nem sei bem quais são essas cores azuis da saudade. Mas sei que elas, aqui, te eternizam.