O ponto é só que o tempo vai passando
E o gosto dos beijos imaginários
Trespassa a necessidade dos reais,
Tornando-se apenas lembrança ocasional,
Um algo-alguém que está lá,
simplesmente flutuando na memória,
Em eterna expectativa,
E ainda sem preocupar tanto...
Pessoas são complicadas,
E eu sou bastante também,
Então ocasionalmente os caminhos se batem
E os olhos se cruzam, e as semanas passam
E tudo às vezes parece uma espécie de sonho,
Ou uma questão de momento...
O único porém é que a gente tem uma tendência
De querer eternizar esses momentos,
Principalmente quando se olha pra um alguém
Que a gente gosta absurdamente,
E daí vem as reflexões,
os pensamentos,
as saudades...
Tudo em antecipação,
Como que vendo esboços da própria
História, antes dela mal começar.
E essas saudades que não deveriam ser,
Nada além de olhares,
Que não deveriam chegar
Ao ponto das palavras,
Que se tornariam pinturas
De idéias em gestação,
Um tanto criativas e
Quase exponenciais...
Cá se tornam só poesia
Boba, que fica aqui
Pensando em ir
Te procurar, te achar
E ficar batendo papo
Até o dia de hoje
transladar o próximo
em outro, e outro, e mais outro....
E então parecer aos nossos olhos universais
que o sol deu de fato uma volta na terra,
sem que os outros planetas percebessem;
quando tudo na verdade se resumia a Gaia,
brincando de roda com Apolo.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Movimento estacionário
Vez ou outra a gente pensa
Em algo como evocar
uma menina, a observar
as ondas de reflexo
do mar dos pensamentos
através duma janela de vidro,
Espelhando sentimentos
em tempos ainda não delineados,
por uma atmosfera de palavras
que vê o vento a deslizar,
úndivago, pelos olhos e cabelos
dessa mesma menina
Que exclama baixinho,
Em pensamentos
E palavras não ditas:
"Uau"
E olha pro céu e diz:
"Você criou esse agora?"
E eis que os sonhos dela
Parecem se tornar oceano,
Seus olhos a refletirem a saudade
Desses dias de imaginária liberdade,
Desses momentos etéreos em que ela
Se desligava dos problemas do mundo
E seus olhos pareciam abrigar
Aquele azul além das janelas de vidro,
Em doces e salgadas porções de infinito,
"Enquanto ela segue pela orla,
o ônibus lotado, engarrafamento,
sete da manhã."
Em algo como evocar
uma menina, a observar
as ondas de reflexo
do mar dos pensamentos
através duma janela de vidro,
Espelhando sentimentos
em tempos ainda não delineados,
por uma atmosfera de palavras
que vê o vento a deslizar,
úndivago, pelos olhos e cabelos
dessa mesma menina
Que exclama baixinho,
Em pensamentos
E palavras não ditas:
"Uau"
E olha pro céu e diz:
"Você criou esse agora?"
E eis que os sonhos dela
Parecem se tornar oceano,
Seus olhos a refletirem a saudade
Desses dias de imaginária liberdade,
Desses momentos etéreos em que ela
Se desligava dos problemas do mundo
E seus olhos pareciam abrigar
Aquele azul além das janelas de vidro,
Em doces e salgadas porções de infinito,
"Enquanto ela segue pela orla,
o ônibus lotado, engarrafamento,
sete da manhã."
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Palavras que caem
Morena, morena,
E seu estilo único
De vestir os olhos
Azuis do poeta
Numa só conversa,
Num único instante,
Nessas suas falas,
Falésias, fatídicas;
Nesses seus sorrisos
E devaneios lúdicos,
Que brincam com sonhos
E tempos e marés,
Que saltam do topo
Dos montes de areia
Daqueles relógios
De livros egípcios
Para além dos ares
Das linhas e olhares
Do mundo e de amares,
Por aqueles zênites
Feitos de infinito,
Feitos de você,
Feitos n'outro mundo
Além das verdades...
Atrás de pirâmides,
Por entre saudades,
Num único aceno,
Num gesto de olhares.
As marés que mudam,
Os grãos que movem,
As questões e o tempo,
O quanto eu te digo...
Meus sonhos, baixinho,
Meus medos e bobagens,
Meus desejos só teus,
Meus segredos, os seus,
meio que guardados
numa caixinha
Do deserto d'Instante
Chamada Sand-glass...
"Os flocos de areia,
em solitude de neve,
em uma ampulheta
de pessoas repleta
das tuas imagens
mais delineadas..."
E seu estilo único
De vestir os olhos
Azuis do poeta
Numa só conversa,
Num único instante,
Nessas suas falas,
Falésias, fatídicas;
Nesses seus sorrisos
E devaneios lúdicos,
Que brincam com sonhos
E tempos e marés,
Que saltam do topo
Dos montes de areia
Daqueles relógios
De livros egípcios
Para além dos ares
Das linhas e olhares
Do mundo e de amares,
Por aqueles zênites
Feitos de infinito,
Feitos de você,
Feitos n'outro mundo
Além das verdades...
Atrás de pirâmides,
Por entre saudades,
Num único aceno,
Num gesto de olhares.
As marés que mudam,
Os grãos que movem,
As questões e o tempo,
O quanto eu te digo...
Meus sonhos, baixinho,
Meus medos e bobagens,
Meus desejos só teus,
Meus segredos, os seus,
meio que guardados
numa caixinha
Do deserto d'Instante
Chamada Sand-glass...
"Os flocos de areia,
em solitude de neve,
em uma ampulheta
de pessoas repleta
das tuas imagens
mais delineadas..."
Assinar:
Postagens (Atom)